segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sou amiga da minha ausência e da saudade do que nunca fui.
Esse amar-odiar me faz abrir a bagagem do coração. 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Dentro do sonho.

Estava lá deitada no fundo de tanta água, lutando contra o próprio peso e o próprio ar. Abanava as mãos histericamente enquanto o cansaço tomava-lhe o âmago. Raios de luz cortavam a água como flechas, e seus olhos foram atingidos diversas vezes. Ele não demonstrava sentir a presença dela, apesar da proximidade, e continuou a olhar para cima. Repentinamente já não estavam mais na água, e as flechas, antes de raios do sol, tornaram-se fogo ardente. Circundavam por todos os lados e novamente ele continuava inerte. O corpo da moça serviu-lhe de escudo. Ela queimou-se até o fim, queimou-se com o forte silêncio que escoava em suas entranhas. Então a falta da cor tomou conta do lugar, teria sido mais um sonho.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A essência, ela não muda, não oscila, não sobe, nem desce, permanece lá, intacta.
Talvez.
Continua.
Muda.
Oscila.
Gira.
Volta.
Melhor dizendo, a essência sempre volta para o mesmo lugar.