quinta-feira, 20 de junho de 2013

Após toda aquela conversa, deitou-se e chegou a conclusão de que não servia. Como um par de sapatos guardados por anos na caixa, coberto de poeira. Tentou dormir, mas não adiantava. Pegou um pedaço de pão e quase como um bichinho devorou-o esperando ter alguma sensação boa dentro de si. Mas, assustada, só conseguiu nojo, sentia nojo de si mesma. E em seguida, lágrimas juntaram-se ao seu nojo... E assim dançaram por toda noite em sua face.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Não se sabe quando tudo começou. Sabe-se que continua... Como as longas curvas das estradas de sua infância, que pareciam não ter fim. E ao adormecer no caminho a ausência da espera causava um quase conforto. Ao acordar o destino já estava debaixo dos seus pequenos pés. Mas o caminho havia permanecido em sua mente como um mapa confuso, e por isso, nunca soube onde era seu fim ou em que curva aquela estrada terminava. Com o tempo esse fim pareceria estar mais próximo, e o sufoco que sentia no peito continuaria. A angústia continuaria. Uma vida inacabada que grita desesperadamente pelo seu fim, que procura pela última curva da estrada. Não se sabe quando tudo começou, a única certeza é que esse sentimento oco nunca irá cessar. Nunca irá cessar. Nunca irá cessar... Adormece mais uma vez a garota de pés pequenos.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Acho que, no final, todas as culpas acabam convergindo para mim.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Eu queria que você me gritasse alguma coisa além desse teu silêncio.
Quero comer nuvem.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Alguém devia me curar de mim mesma.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

E quando lembro sinto como se todos meus órgãos estivessem chorando e criando um mar de tormentas dentro de mim.
Formou-se uma massa entre nós. Uma massa sólida e invisível. Alimentada pela incerteza e pela saudade. Agora você tocou-a, e lentamente vai entrando e dissolvendo-a. Posso sentir o ar se quebrando entre nós... Não sei se dou um passo a frente ou se continuo na minha zona de aflição.

sábado, 26 de janeiro de 2013

E essa vontade incansável de voltar atrás me consome todos os dias.
'Para que?' pergunta a alma, respondo: 'pro futuro doer menos'.