domingo, 16 de outubro de 2011
Se pudesse existir alguém que melhor me entendesse, esse alguém seria eu mesma. Quer dizer, seria um 'eu' mesma que criei, e que crio a cada situação. In. Perfeição. Dentro da imperfeição. Se pudesse existir alguém... Esse alguém seria outro eu. E mais, e mais e mais. Seria(m) todos 'eus' dos desejos de ser. Usaria um a cada dia, aliviando esse dejeso de ser.
domingo, 24 de julho de 2011
Acho insuportável quando não caibo dentro dos meus próprios pensamentos. Vou pensando além e além, quando chego lá (não sei onde), abro os olhos e vejo o caminho a ser percorrido. Demoro, mas sigo em frente, tento colocar esses pensamentos em algum lugar e começo tudo de novo. Essa mente não cabe em mim, um dia eu ainda explodo.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Você, sou eu.
Aquela coisa de querer, um vazio, porque os dias estão tão vazios, que você pode passar horas jogando bubble town no celular sem vencer, e pode até amanhecer, você ainda não estará cansada, e a busca incontrolável de uma ocupação é apenas pra tirar da memória o fato de que você nunca fui tão sozinha como é agora, e que no fundo, isso causa uma estranha tristeza, um sentimento tão oco, tudo está se fechando cada vez mais, e você não ver a hora de poder ficar sozinha, porque que droga de lugar é esse? Onde você se esconde para poder derramar uma lágrima, e não consegue olhar nos olhos das pessoas pois simplesmente não quer que elas te façam perguntas que doem ao serem respondidas, e quando isso finalmente acontece você têm que doer, e depois dói ainda mais quando elas dizem que já sabiam... O que? que já estava tudo acabado, oh, obrigada por lembrar, mas você não se importa mais. E você fica ansiosa pra fazer o que quer do pouco que sobrou, talvez esse vazio seja preenchido, e ultimamente as coisas parecem não ter fim, atravessar uma rua dura uma eternidade, e aquilo causa felicidade, já que não é necessário pensar na vidinha miserável que você têm. E você não se importa se as pessoas acham que isso está sendo uma elevação absurda da realidade, porque elas nuncam vão conseguir te entender de verdade, vão balançar a cabeça, dizendo que ainda há uma vida e caminho todo pra frente, acho que é por isso que você vai se fechando cada vez mais, porque quando o Paul disse que estavámos fazendo nosso caminho para casa, talvez esses caminhos fossem diferentes... e você está tão próximo do seu. Você cria uma esperança, um fiozinho de luz, e vai distribuindo em pequenos potes, porque você já chegou tão perto de querer tirar de si mesma uma coisa que não pode ser tirada por você mesma, e ninguém sabe o quanto você chegou perto e qual foi a sensação que sentiu, e você se sente tão covarde porque nem se quer conseguir fazer isso, desiste e continua se fechando, não há possibilidade de gritar... você sempre quis mais do que aquilo. Paris nunca pareceu estar tão distante, e as coisas que o Paul disse nunca saem da sua mente. O vazio é tão grande que você conta sua história como você, e não eu, porque está tentando se ocupar eternamente e observando sua vida por fora.
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