Ela deitou-se, ainda com os pés cheios de areia, quem sabe para sentir por instantes a sensação de liberdade, que quase raramente era-lhe imposta. Mas outra sensação a incomodava, na boca, descendo e subindo dentro do corpo mau tratado, por momentos ficou indagando se o que sentira era reciproco e até mesmo real. Era aquilo que não parava de latejar no seu líquido interior, ela nunca quis tanto algo que ainda não sabia o que era. O maldito destino tratou de esconder o seu mapa, se é que havia um. E antes de tudo, aquele gosto na boca não saia, de vômito oco.
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